É bem comum isso acontecer: uma marca consegue viralizar um conteúdo e, por conta disso, adota um novo tom de voz, lança séries criativas e busca se firmar nesse cenário. “Se deu certo para o outro, então vai dar certo pra mim” – pensando assim, várias outras marcas simplesmente copiam e adaptam levemente a ação. O formato se esgota, o impacto se dilui no oceano de publicações existentes, e ninguém mais lembra quem começou aquele formato.
Esse é o destino final das estratégias que vivem de repetir tendências. Monitorar para copiar. Elas nascem com um curtíssimo prazo de validade, e raramente obtêm conquistas online ou offline.
No âmbito da comunicação, afundada em excessos e excessos de informações e compartilhamentos, o que vai fazer a diferença não é fazer mais do mesmo, mas fazer com verdade. Quando marcas copiam soluções sem entender os contextos, sem conhecer o histórico e sem visualizar objetivos e pretensões que reforçam a base dessas soluções, desperdiçam a chance de se conectar de forma genuína com seu público-alvo.
O que funcionou para aquela primeira marca talvez tenha nascido de um problema específico, de uma cultura interna coerente, de uma história que faz sentido – pra ela. Tentar replicar sem essa construção, sem essa base é como usar um figurino de outra peça – é roupa, pode até servir, mas não atende aquele propósito, não convence.
Uma estratégia copiada vai apenas te colocar em competição constante por atenção, mas entenda que, ao copiar, você não está construindo valor, história. E nem sempre as curtidas obtidas nesse momento se tornam conexão real.
Contexto e consciência
Não é preciso mudar tudo drasticamente toda semana, reinventar a roda todo mês – isso, inclusive, é cansativo demais!
Quando sua marca para de correr atrás de fórmulas que parecem soluções ideais e começa a se escutar de verdade, identificar o que faz sentido para ela, seu público e sua história, a coisa muda de patamar. É comunicar com contexto e consciência.
Quando a estratégia é feita de dentro pra fora, ela não precisa copiar ninguém: ela se sustenta, respira e perdura.