Estar preparado para uma crise ou saber gerenciar o momento é uma tarefa que nem todas as empresas estão preparadas; essa é uma situação perigosa e decisiva na carreira dos colaboradores e até mesmo na continuação das atividades do negócio.

A crise em uma empresa pode ocorrer devido a problemas econômicos, ambientais e biológicos – como o mundo está enfrentando atualmente como o novo coronavírus, diante da qual as empresas estão sendo obrigadas a suspender suas atividades -, entre outros.

Em algumas situações, pode envolver imprensa, autoridades ou até causar vítimas, como foi o caso da mineradora em Brumadinho, Minas Gerais, ou da cervejaria de Belo Horizonte, no mesmo Estado.

De acordo com a jornalista, consultora em comunicação organizacional e media training Lislei Carrilo, uma boa equipe de gerenciamento de risco de uma empresa deve ter um representante de casa setor da empresa, pois quanto maior o número de pessoas com uma ampla visão de mercado, melhor para a instituição.

Com uma boa equipe, é possível monitorar todos os possíveis riscos para o negócio. “O ideal é analisar os riscos primeiro, porque quando chegamos na crise, significa que ela já foi instaurada. As empresas nunca estão isentas disso, sejam elas de pequeno ou grande porte. Mapear os riscos hoje é o que leva a evitar a crise de amanhã, ou pelo menos ameniza”, explica Lislei.

Comunicação centralizada

Em meio a uma crise, é preciso centralizar a comunicação; a empresa precisa de um porta-voz, de alguém que fale por ela. Muitas vezes, um presidente ou proprietário não está preparado para isso; é preciso que esse comunicador transmita muita segurança e serenidade para os demais colaboradores, fornecedores e clientes. “Durante uma crise, a empresa precisa assumir os erros e dizer que vai sanar os problemas, o que não pode é fugir da responsabilidade. É preciso falar abertamente ao público, seja externo ou interno, manter sempre os funcionários bem informados, mesmo se o problema vai ou não o afetar a eles”, orienta.

Apenas saber gerir o momento de crise não é o suficiente; a equipe precisa trabalhar na reconquista da confiança na instituição – essa é uma tarefa muito aplicada quando é necessário chamar novamente o seu público, mas nem todas as crises afetam os clientes. “Cada empresa precisa ter um ‘cronograma’ de quem deve ser avisado sobre uma crise. Algumas procuram ter um diálogo mensal sobre como está o andamento geral da instituição; com os funcionários, o diálogo deve ser totalmente aberto, e em relação ao público externo, se necessário, ele também deverá ser comunicado”,  afirma Lislei.

Vale ressaltar que em hipótese alguma a empresa deve infringir a lei, mentir e deixar de comunicar primeiramente os seus funcionários sobre um risco ou até mesmo uma crise; além disso, é necessário dar atenção a todos os envolvidos, propondo soluções e fazendo o possível para amenizar a situação.

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