A transmissão ao vivo, também conhecida como “live”, é algo que tem viralizado muito durante o isolamento social no planeta; o modo de transmissão já era famoso nas plataformas  YouTube, Facebook e Instagram, mas ganhou muito mais força atualmente e se tornou um dos grandes meios de troca de informações e entretenimento.

Muitos artistas tiveram que pausar a agenda de shows presenciais, e precisaram arrumar outras formas de garantir a sua renda; foi quando os shows gratuitos começaram a ser transmitidos nas lives, alguns até com mais de três horas de duração. Empresas também aderiram às transmissões, apresentando os mais variados temas e discussões. Mas a dúvida entre muitos é: qual a melhor plataforma para fazer uma live?

Para o publicitário e especialista em marketing digital Fábio Martins, não existe uma única plataforma mais adequada; o importante é saber onde o seu público está. “Compreenda o tamanho do seu público e em qual rede são mais ativos. Para um público menor, Facebook e Instagram funcionam bem. Caso seja grande a perspectiva de público, opte pelo YouTube e capriche na divulgação e no teaser, tratando a live como um evento, de fato”, orienta.

Live multicanal

Também tem quem prefira transmitir simultaneamente, o que não é errado, mas é necessário montar adequadamente o evento, pois muitos imprevistos podem acontecer. “Caso haja clara divisão entre as plataformas, nada impede que as transmissões sejam simultâneas. A questão é que, para seguir esse caminho, o planejamento do evento digital precisa ser criterioso. Aliás, as lives devem ser tratadas como um evento, com pré-evento, trans-evento e pós-evento”, explica Martins.

Ainda segundo o especialista em marketing, antes de escolher entre uma das plataformas, é necessário entender as características e as funções de cada uma delas. “Talvez seja melhor ter usuários ativos em uma live no YouTube do que dispersos em uma rede de entretenimento como Instagram e Facebook”, afirma.

Vale ressaltar que todos os conteúdos nas redes devem ser feitos com a orientação de um profissional de mídia social, o que emprega um ar mais profissional para o material; tentar criar e fazer as transmissões sozinho pode não dar muito certo. “Um profissional é capaz de fazer uma leitura precisa das necessidades, compreender o perfil do público-alvo e construir material que tenha sinergia com ele. A comunicação precisa ter objetivo, forma e conteúdo. A experiência de uma pessoa especializada aumenta a eficácia da ação, já que alguém preparado tem maior noção da relação causa e efeito”, diz.

Com tanta informação disponível na internet, as pessoas pensam que pode ser um trabalho simples. “A tecnologia dá a falsa impressão de que é fácil realizar eventos digitais e ações de comunicação. Operacionalmente, qualquer pessoa pode realizar uma live, ou criar uma postagem; a questão é que muitas vezes falta pensamento estratégico, lógica e conhecimento”, conclui Martins.

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