Comprar seguidores já foi moda. Não é mais, ainda bem. O Instagram entrou em uma forte investida para acabar, ou pelo menos reduzir, essa febre de comprar contas para seguir a sua, com o objetivo único de aumentar a quantidade de seguidores. Quando se compra, grande parte deles é de robôs, e ao identificar isso, a rede pode deletar a conta de quem comprou.

E por que isso? Porque, como em tantos outros âmbitos dessa nossa vida moderna, o que se busca é autenticidade. O Instagram e o Facebook já foram e ainda são acusados de permitir que perfis ocultos espalhem notícias falsas, por exemplo, o que já desencadeou crises políticas sérias, então nada melhor do que “limpar” suas redes contando com perfis de pessoas que existem.

Números importam? Claro que sim – eles empregam autoridade. Se tantas pessoas, tantas contas seguem aquela, algo de bom, útil, divertido, informativo ou produtivo deve ter ali. Geralmente. Às vezes, não.

E nessa busca por seguidores, há pessoas que fazem loucuras: inventam seu próprio sequestro, seu estupro, rifam a virgindade, se expõem ou expõem a família e os amigos de forma desequilibrada.

Em um cenário inicial, essa busca traz muita ansiedade, sensação de inutilidade, de invalidade, de fraqueza. Eu perco meu valor porque tenho poucos seguidores. E estamos criando gerações penduradas nessa perigosa crença.

 

Seja social na rede social

Em nossa rotina de trabalho, muitas empresas e profissionais ainda questionam: como eu consigo mais seguidores?

Não adianta querer ser quem você não é. Você não é o ator famoso global, o influencer milionário do YouTube e nem o padre cantor. Sua empresa não é a Coca-Cola. Então, primeira coisa: tudo no seu lugar.

Mostre quem você é, o que faz, como pode informar, divertir, compartilhar seu conhecimento com os outros. Mostre o que sua empresa oferece, os diferenciais de seus produtos ou serviços, por que a pessoa que te segue deve escolher adquirir algo de você. Seja transparente, conte suas histórias, dificuldades, conquistas e seja autêntico: as pessoas querem conhecer quem está atrás daquela conta, daquela marca, daquele perfil.

Se você está nas redes sociais, esteja pra valer – afinal, é rede social que chama. Não adianta se esconder em conteúdos alheios ou em verdades que não são suas.

Você vai ganhar milhares de seguidores? Pode ser que sim, ou nem tanto; vai depender também da sua criatividade e do tempo disponível para se envolver com os seguidores, conversar, responder mensagens. Isso tudo conta.

Agora, considere o que é melhor: milhares de seguidores, dos quais menos de 10% têm a ver com você e seu negócio, ou talvez centenas de seguidores, mas uma porcentagem muito maior de envolvimento, engajamento e possibilidade de venda? Falar por falar à toa, para qualquer um, ou falar para quem te ouve de fato?

Você se lembra da história da influencer com 2 milhões de seguidores que não conseguiu vender 40 camisetas no ano passado? Releia essa história no BuzzFeed. Na própria matéria, outra usuária analisa a situação e dá o recado: “Concentre-se no engajamento genuíno, e não em seguidores, porque eles não vão comprar nada”.

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